19 de setembro de 2023

Envelhecimento da população é uma grande oportunidade para as farmácias

Envelhecimento da população é uma grande oportunidade para as farmácias

A representatividade da população mais velha no Brasil dobrou entre o começo e o final do século 20, chegando a 15% da população total atualmente. De acordo com o Contador Populacional 60+, atualmente, o Brasil tem mais de 28 milhões de pessoas nessa faixa etária, representando 13% de toda população do País. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2035, o País terá 48 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representará 21% da população. 


Segundo informa a consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso, com maior longevidade, autonomia, qualidade de vida e independência econômica, os idosos estão revertendo algumas regras atuais da sociedade. O público 60+ tem muito mais dinheiro – e disposição – para gastar, e vão se transformar na maior força econômica do mercado consumidor; se é que já não são. Vão tomar o lugar dos jovens como centro das atenções nos campos político, social e econômico. Em lugar de "velhos e doentes", serão "clientes preferenciais", capazes de influenciar com seus valores e comportamento a vida de toda a sociedade.


No Brasil, o público maduro é responsável pela movimentação anual de mais de um trilhão de reais. Segundo o Estudo de Mercado Institucional da IQVIA, a partir de 65 anos os pacientes já manifestam, pelo menos, quatro doenças crônicas, podendo chegar a seis a partir dos 75 anos, e mais de 42% das pessoas sexagenárias tomam, em média, mais que cinco medicamentos por dia. 


Sendo assim, cabe ao varejo farmacêutico uma adaptação para atender às necessidades desse público que é ativo, exigente, tem alto poder de consumo e que anseia por soluções, serviços e produtos específicos. 


Entre as doenças crônicas mais comuns entre os idosos no Brasil estão: hipertensão arterial sistêmica; diabetes; obesidade; doenças osteoarticulares; doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC), como é o caso da bronquite e do enfisema; doenças neurológicas, como é o caso da doença de Parkinson e as demências, ou seja, medicamentos para estas finalidades não podem faltar.


No que diz respeito à beleza e bem-estar, médico coordenador da USP 60+, professor de Medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), diretor do Aging2.0 e ILC Brazil, Dr. Egídio Dória, produtos com aromas intensos ganham atenção pois as alterações naturais e sutis no olfato acabam incentivando a compra de cremes, xampus, hidratantes e perfumes mais marcantes, entre as mulheres. Já os homens buscam por produtos mais específicos para higiene e barba, xampus e tonalizantes, instrumentos para cuidados das unhas e suplementos. 


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Crédito da imagem: iStock.com/Drazen Zigic

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