28 de abril de 2023

Alergias respiratórias: problema é mais frequente no outono

Alergias respiratórias: problema é mais frequente no outono

O tempo seco e a baixa umidade relativa do ar são fatores que contribuem para o aumento das alergias respiratórias devido também à alta concentração de poluentes na atmosfera, reduzindo os mecanismos de defesa do organismo, porque ele passa a precisar de mais energia para manter a temperatura do corpo, o que reduz a imunidade, facilitando a entrada de vírus e bactérias.


A pneumologista pela Universidade de Campinas (Unicamp), Membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e Membro da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), Dra. Flávia Oliveira Magro Cardoso, diz que outro fator importante é que com o frio temos acúmulo de muco nas vias aéreas, porém com dificuldade de transporte desse muco das vias áreas inferiores para as superiores fazendo com que a proliferação de vírus e bactérias aumente com mais facilidade.


De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), durante os meses mais frios, a incidência das doenças de inverno, principalmente as respiratórias, aumentam cerca de 30% a 40%. 


Os problemas mais comuns durante a temporada são:


  • Rinite: doença crônica onde ocorre a inflamação da mucosa nasal com piora no inverno devido à uma maior exposição a agentes desencadeantes, como: poeira domiciliar, ácaros, fungos, pólen, poluição ambiental, entre outros. Os sintomas consistem em coriza, espirros, coceira no nariz e nos olhos. O tratamento na crise consiste em corticoide nasal, antialérgico e lavagem nasal com solução salina.


  • Asma: espasmo muscular da musculatura dos brônquios que causa dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e às mudanças climáticas. Desta maneira, a asma é causada por fatores alérgicos ou irritativos na via respiratória. O tratamento depende do quadro clínico e da frequência das crises e envolve uso de corticoides e broncodilatadores inalatórios, além de medicações por via oral. 


  • Sinusite: inflamação nos seios da face que causa sintomas como dores de cabeça, dores na face, secreção nasal posterior amarelada e obstrução nasal. Alguns pacientes podem apresentar dor de cabeça, dor nos dentes superiores, tosse e febre. A sinusite viral é a mais frequente. O tratamento consiste no uso de descongestionante nasal, corticoide nasal e sistêmico, analgésicos, antialérgicos e antibióticos quando a causa é bacteriana.


  • Bronquite: tipo de inflamação das vias respiratórias, mais especificamente dos brônquios, os responsáveis por conduzir o ar que entra pelo nariz até o pulmão. As causas da bronquite são diversas, sendo que essa condição pode ser desencadeada por um vírus ou uma bactéria.


Os antialérgicos, também conhecidos como anti-histamínicos, são fármacos que bloqueiam a substância que atua em processos alérgicos. Um anti-histamínico é um medicamento que busca inibir a ação da histamina. Este último é um mediador químico secretado pelo corpo, especialmente no caso de reações alérgicas. Podem ser apresentados em comprimidos ou nas versões líquidas. Existem ainda os antialérgicos por via inalatória, que evitam que a pessoa entre em crise e tenha sintomas, como no caso da rinite, da sinusite e da bronquite, que são as principais alergias respiratórias do outono.

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Crédito da imagem: iStock.com/LumiNola

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