23 de agosto de 2019

Piolhos e lêndeas: como colaborar com o combate deles

Piolhos e lêndeas: como colaborar com o combate deles

O aumento de casos de piolhos e lêndeas durante o outono e o inverno nada tem a ver com as temperaturas baixas, mas com o fato de as pessoas — em especial as crianças — ficarem mais próximas durante essas estações, justamente por conta do frio. “Como a transmissão se dá por meio do contato direto, a aglomeração infantil em creches e escolas, por exemplo, facilita a infestação”, explica a dermatologista Simone Neri.  

A pediculose é a infestação dos cabelos pelo parasita Pediculus humanus, popularmente chamado de piolho. É um inseto pequeno, sem asas, que se alimenta de sangue e causa sinais como coceira intensa na cabeça, podendo se estender pelo pescoço e tronco, irritação local e lêndeas (ovos que depositam) que aderem ao pelo. Embora pareçam quase inofensivos, em casos de infestações mais graves e prolongadas, os piolhos podem causar dificuldades no aprendizado, no sono e até anemia. Fora isso, de acordo com a dermatologista, a coçadura provoca escoriações que, além de tornarem o prurido mais intenso, podem resultar em infecções de pele.

O combate

Com a ocorrência da pediculose, tanto o infestado quanto os familiares e os que convivem com ele devem aderir ao tratamento para a eliminação dos parasitas. Diante disso, o canal farma tem a oportunidade de explorar a venda de pediculicidas tópicos, que constituem o método mais efetivo para o combate, sendo o ativo permetrina o mais utilizado. Atualmente, comprimidos que têm ivermectina como princípio ativo são usados como substitutos ou coadjuvantes dos famosos shampoos e loções anti-piolho. “No caso da medicação oral, ela deve ser usada em uma tomada única, de acordo com o peso do paciente”, recomenda Simone. Outra boa oportunidade para os PDVs!

Para o tratamento, os profissionais da farmácia devem orientar os pacientes a lavarem os cabelos com shampoo normal, não usarem condicionador e secarem com uma toalha. Quando os fios estiverem quase secos, o produto deve ser aplicado em todo o couro cabeludo, com atenção especial para a nuca e para a região atrás das orelhas, e seguir as recomendações das embalagens quanto ao tempo de permanência do produto. A cada dois ou três dias, as lêndeas devem ser retiradas manualmente e com a ajuda de um pente fino. Neste caso, pode ser utilizado um condicionador para facilitar a remoção.

Orientações de prevenção

Vale indicar o não compartilhamento de roupas, toalhas, acessórios de cabelo, bonés e outros objetos de uso pessoal como formas de prevenir o aparecimento dos piolhos. “Evitar o contato direto - cabeça com cabeça ou cabelo com cabelo - com pacientes infestados. No caso das meninas, é interessante que usem cabelos presos para diminuir a chance de infestação em ambientes aglomerados”, acrescenta a especialista. 

Recomende também deixar as escovas de cabelo utilizadas pelo paciente submersas em água por 10 minutos para higienizá-las. No caso dos acessórios que não podem ser lavados, a dica é limpá-los e deixá-los em uma sacola plástica fechada por duas semanas. 

Compartilhe: