30 de julho de 2018

O papel fundamental do farmacêutico nas doenças de inverno

O papel fundamental do farmacêutico nas doenças de inverno

As principais doenças de inverno são aquelas transmitidas por meio da respiração. Para se proteger do frio, as pessoas tendem a ficar em locais menos ventilados, com as janelas e portas fechadas, favorecendo a transmissão de patologias, como as gripes e resfriados, infecções do ouvido e as rinites e sinusites, que podem levar até à pneumonia, conforme explica Rodolpho Telarolli Junior, professor adjunto de saúde pública da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP (Campus de Araraquara). 

Segundo o professor, por seu contato mais próximo com os clientes, o farmacêutico tem um papel fundamental na orientação a respeito das doenças de inverno. Rodolpho afirma que, como na época o ar tende a tornar-se mais seco e poluído pela diminuição das chuvas, é importante aconselhar o público para que o quarto de dormir seja umidificado, de preferência com o uso de aparelhos umidificadores comercializados nas farmácias ou, na falta desses, com toalhas molhadas estendidas em varais no ambiente. Outra dica é manter uma boa higiene nesse espaço para reduzir a presença de pó e ácaros. 

“Além disso, para os sintomas mais gerais e na ausência da febre, medicamentos à base de paracetamol, ibuprofeno e dipirona podem ser indicados pelo farmacêutico. Nos quadros de maior gravidade, é válido informar ao consumidor para que procure um médico”. 

Doenças de inverno: a importância da orientação farmacêutica nos casos de automedicação 
De acordo com o professor, a automedicação, hábito nocivo e com grande potencial de danos para a saúde, faz parte da cultura do brasileiro de todas as classes sociais e assim deve ser combatido pelo especialista da farmácia. No casos das doenças de inverno, em situações de mal estar geral, sem febre, com obstrução nasal e coriza transparente, sugerindo um resfriado, o profissional pode aconselhar sobre a utilização de remédios como o paracetamol, a dipirona ou ibuprofeno, conforme reitera Rodolpho.

“Produtos chamados equivocadamente de antigripais podem ser indicados pelo farmacêutico quando não houver contraindicação formal, como hipertensão arterial mal controlada. Os anti-histamínicos, como a loratadina, também entram nessa recomendação, quando for cabível, como nos quadros com sinais tipicamente de alergia respiratória. Nas demais manifestações, é preciso pedir ao paciente para buscar assistência médica. Vale lembrar que os MIPs vendidos como antigripais são normalmente coquetéis que incluem analgésico/antitérmico, cafeína, descongestionante nasal e anti-histamínicos/antialérgicos. Essas substâncias podem ter efeitos adversos como taquicardia, tremores, diarreia, turvação visual e aumento da pressão arterial. Portanto, o consumo desses medicamentos necessita de acompanhamento pelo profissional”, adiciona o professor.
  
Idosos e crianças: eles merecem um cuidado especial
Rodolpho finaliza informando que os idosos podem apresentar quadros infecciosos mais graves sem a presença de febre. Por isso, uma situação que se inicia como um resfriado é capaz de se tornar uma pneumonia sem que a pessoa tenha sintomas febris. Já entre as crianças, o professor comenta que os sinais são mais evidentes, mas a evolução de casos inicialmente inocentes para outros graves é igualmente preocupante por se tratar de uma faixa etária mais suscetível a complicações e com maior chance de óbitos. 

“Daí a importância da correta e completa orientação por parte do farmacêutico para o cliente da terceira idade e para os responsáveis pelas crianças para que consultem um médico na piora ou ainda quando não há melhora apesar do uso da medicação sintomática após 24 a 48 horas”. 

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